Capítulo 6 

Depois de encontrar Flávia Almeida, Marcelo Lopes perdeu o interesse pelo negócio e não demorou muito pra cair fora. 

Marcos Rocha mal tinha voltado pro saguão quando viu Luiz Barros descendo as escadas. Ele deu uma olhada ao redor e perguntou: “Onde está a Flavia? Ela não desceu contigo?” 

“Ela já foi faz um tempo, você não a viu lá embaixo?” 

Marcos Rocha ficou bolado. 

Ele olhou pra recepção e o atendente cochichou: “Aquela que acabou de sair do elevador, umal gata, que te cumprimentou com a cabeça.” 

Marcos Rocha se tocou! 

Flávia Almeida era a ArtedaFlavia?! 

O mundo parecia estar zoando. A patricinha de Marcelo Lopes, aquela que vivia se exibindo e mostrando seu luxo no Facebook, era na verdade uma dubladora de primeira linha. 

Então, Marcelo Lopes tinha tirado o trampo da própria esposa e passado pra Antônia Carvalho? 

Essa história tava ficando boa! 

Luiz Barros notou a cara dele e franzindo a testa, soltou: “Tá matutando o quê, com essa cara de quem está aprontando?” 

Marcos Rocha sorriu de canto e soltou: “Segredo.” 

“Marcelo Lopes, aquele otário! Quem quer essas tralhas que você dá? Guarde seu dinheiro pra tratar da sua doença! Não estou nem aí!” 

Quanto mais Flávia Almeida pensava naquela conversa com o ex, mais ela se irritava. Mexendo no celular, ela viu um anúncio de uma clinica de fertilização e parou por um momento antes de marcar uma consulta

Ela tinha acabado de preencher as informações quando o celular tocou. 

Ao ver quem era, suas sobrancelhas se franziram e ela atendeu com desdém. 

“Oi, pai.” 

“Onde você tá?” 

Sem ter certeza do que João Almeida queria, Flávia Almeida mentiu: “Tô na aula de personal, aconteceu alguma coisa?” 

“Não, nada demais. Quando terminar a aula, passa aqui com Marcelo. Um amigo me trouxe 

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Capitulo 6 

uns trufas brancas e sua sogra adora isso. Venham pegar.” 

Ela tinha vivido 26 anos e poderia apostar que João Almeida nem sabia do que ela gostava, mas sabia certinho o gosto da sogra. Era irónico. 

“Ta ban. 

Depois que ela concordou, João Almeida relaxou, perguntou mais umas coisas por educação e desligou. 

Flávia Almeida foi buscar seu Porsche Cayenne na concessionária. Esse tinha sido o dote quel a familia Almeida tinha dado quando ela casou. Custou mais de um milhão e, apesar de ter trocado o para–choque, não dava pra notar o quão grave tinha sido o acidente anterior. Só de pensar já dola o coração. 

Ela sabia que, depois do divórcio, aquela seria provavelmente a única coisa que la sobrar pra ela, Pensando nisso, Flávia Almeida se arrependeu de não ter saído com o Bugatti de Marcelo Lopes naquele dia. Se não furasse o pulmão do cara, ao menos furava o bolso dele! 

Pra que sua mentira parecesse mais real, ela fez questão de ligar pro personal e marcar uma aula extra. 

Depois de enrolar até as seis da tarde, foi finalmente rumo a casa dos Almeida. 

Chegando lá, se ajeitou rapidinho e apertou a campainha. 

Quem abriu foi Beatriz Almeida, a filha adotiva da familia. Com um sorriso radiante, ela chamou: “Mana, por que demorou tanto?“, e olhando pra trás perguntou: “E o cunhado?” 

“Ele teve uma reunião de última hora e não pôde vir.” 

A cara de Beatriz Almeida caiu visivelmente e ela reclamou: “Poxa, por que não avisou antes?” 

Flávia olhou para Beatriz, que estava toda arrumada, e perguntou: “Se arrumando à noite, tem encontro marcado?” 

Beatriz ficou tensa e desviou o olhar, murmurando: “Não, só treinando a maquiagem.” 

Flávia Almeida já tinha entrado na casa um passo à frente, e Beatriz Almeida, com um aperto no coração, seguiu–a. 

João Almeida, certo de que Marcelo Lopes apareceria, mandou preparar um banquete, mas só Flávia Almeida deu as caras, deixando a expressão de João Almeida um tanto quanto fechada. Ele fixou o olhar em Flávia Almeida, tentando decifrar seu semblante. 

Flávia Almeida mantinha a pose, sem deixar nada transparecer, e até João Almeida, que era um velho lobo do mar, não conseguiu de imediato distinguir verdade de mentira nas palavras dela. Após um longo momento, ele disse: “Bora comer.” 

Flávia Almeida suspirou aliviada, pois, antes de ter o divórcio nas mãos, não podia deixar João Almeida desconfiar de nada, senão a coisa poderia ficar feia. 

12:45 

Capitulo 6 

No imenso salão de jantar da familia Almeida, apenas os très ocupavam a mesa. 

Desde pequena, Flávia Almeida nunca fol chegada a João Almelda. Depois que sua mãe, Fernanda Nunes, sofreu um acidente e ficou em estado vegetativo, o relacionamento deles só piorou. Até que ela casou com Marcelo Lopes, e a colsa melo que deu uma esfriada, mas só por cima, só de fachada. 

Sem Marcelo Lopes, pai e filha pareciam mais estranhos ligados por sangue do que parentes. Por outro lado, Beatriz Almeida, a filha adotiva, tinha com ele uma relação que parecia mais de pai e filha de verdade. 

Beatriz Almeida era doce e esperta, e na mesa de jantar, sempre soltava uma piada para alegrar João Almeida. Flávia Almeida achava aqueles gracejos um porre, mas João Almeida sempre dava uma gargalhada, acompanhando a filha. 

Essa intimidade alheia a fazia perder o apetite. 

“Pai, agora que mudei de emprego, tenho lidado com clientes bem importantes, e estou pensando em trocar de carro pra algo melhor, pra facilitar no trabalho,“, disse Beatriz Almeida, depois de fazer João Almeida dar risada. E assim começou a pedir. 

“Claro, qual carro você está pensando em comprar?”  Sᴇaʀch Thᴇ (ꜰind)ɴʘvel.nᴇt website on Gøøglᴇ to access chapters of novels early and in the highest quality.

“Ah, não precisa ser um zero, só um pouco melhor, até um usado serve.“, ela disse, olhando para Flávia Almeida, que continuava a comer sem dar bola. Beatriz Almeida foi direta ao ponto: “Mana, você não pode me emprestar seu Cayenne por um tempo?” 

Flávia Almeida nem se mexeu. 

Beatriz continuou: “Poxa, mana, você quase nem usa, e seu marido tem vários carros, não vai fazer falta. Empresta pra mim, vai. Não vai ser tão mão de vaca, né?” 

“Você que me conhece pouco.“, Flávia Almeida levantou o olhar e deu uma encarada: “Nunca fui de muita largueza, carro é que nem marido, você empresta o seu?” 

Beatriz ficou sem palavras, o rosto mudando de cor. 

João Almeida franzia a testa: “Como é que você fala assim? Somos familia, qual o problemal de emprestar o carro pra Duda por um tempo?” 

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