Capítulo 35 

Seu chefe? Exclamou Fátima, surpresa, 

Pessoas que cobram as dívidas do pal sempre me perseguem. Meu chefe é legal, então ele arranjou alguns seguranças para me acompanhar. Explicou Liliane, com calma. 

Que bom que está tudo bem. Da próxima vez, não desligue o celular, você me assustou. Disse Fátima, aliviada. 

Liliane a tranquilizou antes de encerrar a chamada. 

Ela se aproximou da janela, nervosa, observando o movimento lá embaixo. 

Em menos de dez minutos, um carro preto de luxo entrou rapidamente no quintal. William saiu do carro, com uma expressão sombria, e entrou na mansão. Liliane fechou os olhos cansados, sabendo que outra batalha estava prestes a começar. 

Ela se virou, apreensiva, caminhando em direção à porta do quarto. 

Enquanto sua mão alcançava a maçaneta, a porta foi abruptamente chutada e aberta com um estrondo. 

A porta bateu em seu ombro, uma dor surda se espalhou por sua cabeça. 

Instintivamente, Liliane segurou o ombro, franzindo a testa enquanto encarava o homem de aparência nobre, com veias saltando na testa. 

Seus olhos, lindos e profundos, exibiam cansaço, enquanto seus negros globos oculares, inundados de vasinhos vermelhos, estavam envoltos em uma névoa densa. 

Mesmo a uma distância, Liliane podia sentir a intensa raiva que emanava dele. 

Ela ficou assustada com o olhar dele, recuando involuntariamente. 

Mas o homem agarrou seu ombro e a empurrou com força contra a parede. 

– Fale! Por que você desligou o celular? – William disse essas palavras entre os dentes

Liliane, contendo a dor no ombro, olhou para cima. 

Eu já disse, meu celular estava sem bateria… – Disse Liliane. 

Clap! 

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Enquanto explicava, ele jogou algumas fotos em seu rosto. 

Quando as fotos caíram no chão, Liliane olhou para baixo. 

O carro familiar e uma foto dela conversando ao lado, apareceu de repente diante. de seus olhos. 

– Você aproveitou minha ausência para se envolver com outro homem, né? – Rugiu William, agora como uma besta fora de controle, sua voz quase perfurava os ouvidos de Liliane. – Liliane! Eu nunca imaginei que você seria tão capaz! 

O coração de Liliane afundou. Era mais um fardo que poderia esmagar ela. 

Mas ela não tinha nada a ver com Eduardo! 

Liliane soltou sua respiração, levantou o rosto para encarar os olhos ferozes dele. 

– 

Posso explicar, você acreditaria? – Zombou Liliane. 

Suas explicações me dão nojo! – Disse William, furioso, sua raiva era assustadora. 

Os olhos de Liliane se movimentaram. Nojento… 

Ela nem teve a chance de explicar. 

– Então, você também não é nojo? – Retrucou Liliane, com desdém. – Você prometeu, disse que assim que encontrasse ela, encerraria nosso contrato automaticamente. Mas o que você fez? Cuidou de Mavis enquanto me tratava como um cachorro, pisoteando minha dignidade com a desculpa de que eu não tinha qualificações! Trabalhei diligentemente por você, dedicando três longos anos da minha juventude. Não sou merecedora desse dinheiro? 

Liliane chorou quando terminou de falar. 

Ela enxugou com força as lágrimas, empurrou William, que estava estupefato à sua frente, com determinação, ela pronunciou quatro palavras: 

Eu quero me demitir! 

Ao ouvir a última frase e ver as lágrimas no rosto de Liliane, o coração de William pareceu ser golpeado com força por algo. 

Uma sombra de pânico passou pelos seus olhos escuros, uma sensação incontrolável brotava. 

No entanto, em questão de segundos, ele apertou os lábios, seus olhos revelando novamente um frio intenso. 

Demissão? – Disse William, com um sorriso sarcástica. – Antes que eu me canse 

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Uma única frase sufocou todas as esperanças de Liliane. 

– Venham! Gritou William, com frieza. 

Em um instante, passos apressados ecoaram na escada. 

Os seguranças surgiram um após o outro na porta do quarto. 

Sem a minha permissão, ninguém pode deixar ela sair! – Ordenou William, com uma voz implacável. 

Depois de dar as ordens, ele saiu da sala decisivamente. 

No momento em que a porta foi fechada com força, Liliane sentiu uma desesperança total, fechando os olhos. 

Após uma noite sem dormir, Liliane resistiu até que Lucinda subiu para entregar o café da manhã. 

Ao abrir a porta, Liliane viu os guarda–costas permanecendo imóveis à entrada. 

Srta. Liliane, você não pode resistir ao senhor assim. – Lucinda suspirou enquanto colocava a refeição na mesinha ao lado da cama. – Você não faz ideia de como o senhor estava preocupado ontem à noite, ordenou uma busca com centenas de seguranças na cidade toda. Eu vi com meus próprios olhos. Quando ele não conseguia falar com você ao celular, ele ficou pálido. Eu sei que ele tem você no coração, mas por que você está sendo tão obstinada? 

No coração dele? 

Se meu animal de estimação sumisse, eu também ficaria preocupada. – Disse Liliane, com sorriso frio. 

Liliane quase disse que 

ela era o cachorro dele

Lucinda olhou com pesar para Liliane. 

Srta. Liliane, não é uma solução continuar assim. Você deveria se render, é melhor do que ser mantida em confinamento… Insistiu Lucinda. 

Liliane apertou os lábios, teimosa, sem dizer mais nada. 

Ela dobrou devagar os joelhos, os abraçando com as mãos e com uma expressão séria disse: 

– Lucinda, pare de insistir. 

Ela cedeu por três anos, não queria mais continuar assim. Do contrário, ela seria verdadeiramente patética. 

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