Capítulo 28 

Marcos Rodrigues falou com uma frieza: “Desde que ela não relaxe e consiga entrar numa boa universidade, não vai precisar mais de mim.

O patrão, ao perceber que ele recusou, não insistiu, mas fez uma oferta tentadora: “Tudo bem, se você quiser voltar, vou pagar o triplo do salário que pagava antes. Daqui a pouco, farei a transferência dessa última quinzena diretamente para a sua conta.”

Marcos Rodrigues respondeu apenas com um: “Certo.”

Assim que desligouele viu a notificação de depósito de quinhentos reais no celular, guardou o aparelho e voltou ao trabalho.

Leticia Silveira estava memorizando fórmulas de matemática e revisando inglês quando, sem perceber, adormeceu sobre a mesa, acordando sobressaltada com a brisa do verão. Quando olhou para o relógio, já passava da meia–noite.

O celular vibrou com uma nova mensagem.

Marcos Rodrigues: “Já dormiu?”

Letícia, ainda sonolenta, pegou o celular e respondeu rapidamente: “Não, você já saiu do trabalho?”

Marcos Rodrigues: “Desça, trouxe um lanche para comermos.”

Ele veio?

Imediatamente, o sono de Leticia desapareceu. Ela rapidamente pegou o celular, vestiu um casaco leve e saiu às pressas. No meio do caminho, lembrou de algo e voltou à cozinha para pegar o bolo de castanhas que tinha guardado na geladeira. “Já estou

descendo.”

Segurando o corrimão do corredor, ao chegar lá embaixo, viu Marcos Rodrigues sob o poste de luz, vestindo apenas uma camisa fina, segurando espetinhos de churrasco.

Sentados num banco de pedra, Marcos notou que ela havia tomado banho a pouco tempo e colocou seu casaco sobre o banco para que ela se sentasse. Letícia saboreaval o lanche com apetite, enquanto ele mantinha uma postura ereta, vestindo apenas uma camisa branca e exalando um leve aroma de temperos para churrasco. Letícia não se importava com esses detalhes; com o rosto sujo de óleo, ela comia animadamente e encarava ele: “Marcos Rodrigues, por que você me mandou mensagem tão tarde? E se eu já estivesse dormindo?” S~ᴇaʀᴄh the FɪndNøvel.ɴᴇt website on Gøøglᴇ to access chapters of novels early and in the highest quality.

“Sei que você não estava dormindo. As tarefas que eu te passei, pelo seu ritmo, você estaria acordada exatamente à meia–noite.”

Leticia hesitou por um momento, depois largou seu espetinho, sem se importar com a gordura nas mãos, e segurou o rosto de Marcos, sorrindo: “Uau, Marcos Rodrigues,

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como você é incrivel, até Isso você calculou.”

Mesmo não sendo maduro, Marcos Rodrigues tentava não demonstrar suas emoções, mas suas mãos trairam, agarrando–se às calças sobre os joelhos. Naquele momento de contato visual, Leticia prendeu a respiração. Aquilo era algo que ela costumava fazer com ele em outra vida, mas ela havia esquecido… e agora, ela e Marcos eram só amigos, nada mais intimo.

“Sua mão está suja de óleo.”

Leticia piscou rapidamente, surpresa: “Ah, desculpe, vou limpar.”

Marcos impediu ela, segurando seu pulso: “Não limpe na roupa, vai ser dificil de lavar.”

Observando ele, o coração de Letícia bateu forte mais uma vez. Ela não ousava imaginar, se no passado ela tivesse se casado com Marcos Rodrigues, será que… teria evitado o destino humilhante e cruel de ser enterrada viva…

Letícia observava cuidadosamente Marcos, como se quisesse gravar cada detalhe de seu rosto na memória, temendo o momento em que Marcos descobrisse na prisão que ela havia morrido.

Como elereagiria?

A lua… foi encoberta pelas nuvens.

O céu estava um tanto escuro.

Letícia Silveira questionou ele seriamente pela primeira vez, “Marcos Rodrigues, por que…. você é tão bom comigo?”

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