Capítulo 26 

Ela tinha olhos grandes e cílios compridos, que quando estava sóbria, passavam um ar meio frio. Mas quando sorria, se transformavam em pura beleza radiante. Agora, meio entorpecida pelo álcool e com os olhos semicerrados, ela estava irresistivel. 

Era uma sedução espontânea. 

Marcelo Lopes engoliu em seco e fixou o olhar nela, com uma voz rouca e perigosa, perguntou: “Onde é que você quer dormir?” 

Flávia Almeida inclinou a cabeça, pensou seriamente e finalmente, com os olhos e 

sobrancelhas curvadas, disse: “Bora pra tua casa.” 

Marcelo Lopes arqueou a sobrancelha: “Tem certeza?” 

Flávia Almeida sentiu a visão balançar, franzindo a testa, balançou a cabeça e segurando o rosto de Marcelo Lopes, disse embriagada: “Seu programa está três e quinhentos. Se a gente for pra um hotel, vai ficar muito caro. Melhor ir pra sua casa e economizar. Quem sabe eu ainda tenha que me meter em divórcio.” 

As veias na testa de Marcelo Lopes pulsaram violentamente. 

Será que ele ainda tinha que elogiar o seu jeito de economizar? 

Ele manteve a expressão fechada e disse sombriamente: “E se o seu marido descobrir que você foi pra minha casa?” 

Flávia Almeida balançou a cabeça: “Não tenho marido. Sou viúva.” 

Marcelo Lopes… 

Ele rangeu os dentes e disse: “Viúva precisa se divorciar?” 

Flávia Almeida franziu o cenho, claramente confusa com as próprias palavras desconexas, e a pergunta de Marcelo Lopes só serviu para confundi–la ainda mais. 

“Que saco! Por que você fala tanto? Não quero mais dormir com você, me devolve o dinheiro!” 

Ela tentou, então, agarrá–lo de qualquer jeito. 

Marcelo Lopes segurou suas mãos e a fez colocar o cinto de segurança, dizendo sem emoção: 

“Já é tarde.” 

Com essas palavras, ele ligou o carro e partiu rapidamente. 

“Me deixa sair do carro!“, Flávia Almeida protestou baixinho. 

Mesmo bêbada, ela não fez nada perigoso como tentar pegar o volante, apenas olhou fixamente, como um gatinho abandonado. 

Só ameaçava, mas não arranhava. 

Capitulo 26 

Marcelo Lopes ignorou–a.. 

“Você vai me sequestrar?” 

A mulher ao lado começou a fantasiar: “Eu não tenho dinheiro, me solta…” 

Marcelo Lopes lançou um olhar de lado para a bêbada e disse sem expressão: “Você não estava toda rica quando ofereceu três mil e quinhentos pelo programa? Não parece sem dinheiro.” 

Flávia Almeida fez uma cara de coitada: “É mentira, eu estava fingindo.” 

“Oh.“, Marcelo Lopes ficou em silêncio por um momento, e quando Flávia Almeida pensou que o tinha convencido, ele disse: “Não acredito.” 

Flávia Almeida desanimou: “Quanto você quer de resgate, então?” 

Marcelo Lopes olhou para a frente: “Quanto você acha que vale?” 

Flávia Almeida franziu a testa, claramente angustiada, e depois de um tempo, disse: “Com a minha beleza, pelo menos um bilhão.” 

O canto da boca de Marcelo Lopes se contraiu. 

Como ele não sabia que ela tinha a pele tão grossa? 

“Mas eu não tenho um bilhão, que tal pedir pro meu marido?” 

Marcelo Lopes soltou um riso frio, lembrando–se dele agora? 

Ele mal havia recuperado um pouco do seu papel como marido quando ouviu essa desgraçada planejando com ele: “Liga pra ele e pede dois bilhões. Diz que se não pagar, você me mata. Depois, dividimos meio a meio, que tal?” 

Marcelo Lopes ficou sério. 

Ele zombou: “De onde você tira essa confiança de que ele pagaria?” 

Flávia Almeida hesitou e de repente seu olhar se apagou, seus olhos começaram a encher de lágrimas e ela murmurou: “Você está certo, ele não se importaria comigo…” 

Ela havia quase perdido a vida em um acidente, enquanto ele estava com outra pessoa. 

Marcelo Lopes franziu a testa, sentindo–se estranhamente desconfortável. 

Ele falava como se estivesse explicando: “Quem vai cair nessa palhaçada?”  Sᴇaʀᴄh thᴇ FindNøvᴇl.nᴇt website on Gøøglᴇ to access chapters of novels early and in the highest quality.

Mas Flávia Almeida parecia nem ouvir, virou a cabeça e se encostou na janela, sem mais falar nada. 

Marcelo Lopes queria dizer alguma coisa, mas sentia que tinha algo errado consigo mesmo. 

O que ele poderia falar com um bêbado, sentia que por mais que falasse, no fim das contas. seria enlouquecido pelos pensamentos tortuosos de Flávia Almeida e preferiu ficar quieto. 

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12:53 

Capitulo 26 

Logo chegaram à Moradia Reserva do Sol. 

A babá, ouvindo o barulho do carro, pegou o guarda–chuva e saiu correndo, e quando veio ao encontro do carro, viu Marcelo Lopes tirando alguém de dentro. 

Assim que ela chegou com o guarda–chuva, percebeu que era Flávia Almeida. 

“O que aconteceu com a senhora?” 

Marcelo Lopes não respondeu, apenas disse: “Prepare a banheira.” 

Quando subia as escadas com Flávia Almeida nos braços, Marcelo Lopes notou gotas de água em seus cílios e um leve rubor nas bordas dos olhos, como se tivesse chorado. 

Seus dedos se contraíram, e ele apertou os lábios. 

“Senhor, a banheira está pronta.” 

A babá tentou ajudar, mas Marcelo Lopes evitou seu toque e falou calmamente: “Faça um caldo para curar a ressaca.” 

A babá hesitou ao olhar para Flávia Almeida, mas logo saiu em obediência

O banheiro estava cheio de vapor e um ar úmido. 

Marcelo Lopes colocou a mulher na cama, olhou–a por um momento e começou a desabotoar sua camisa. 

Sua pele alva com um suave rubor apareceu inesperadamente diante de seus olhos. 

Ele hesitou, depois franziu a testa, jogou uma toalha sobre ela e saiu. 

Ao abrir a porta do banheiro, deu de cara com a babá, que parecia assustada com a súbita abertura da porta e gaguejou: “Senhor, eu trouxe roupas.” 

Marcelo Lopes a olhou friamente e sem muitas palavras disse: “Deixe–a apresentável“, antes de partir. 

A babá olhou para a mulher no banheiro, ainda vestida, intacta como Marcelo Lopes a deixara. 

Depois de deixar Flávia Almeida arrumada e no quarto, já tinha passado uma hora. 

A luz do escritório de Marcelo Lopes estava acesa. A babá entrou com uma bandeja de caldo e falou baixinho: “Senhor, a senhora já está dormindo, ainda servimos o café para despertar?” 

“Traga aqui, eu mesmo levo depois.“, disse Marcelo Lopes, virando uma página do documento e olhando para cima: “Dona Bruna, pode ir descansar.” 

A babá concordou, colocou o chá na mesa e saiu em silêncio. 

Quando não havia mais barulho no andar de baixo, Marcelo Lopes fechou o documento. Olhou para o chá na mesa, pegou a xícara e foi até a janela aberta, onde despejou o conteúdo. Flávia Almeida não estava dormindo tranquilamente, atormentada por pesadelos a noite toda. 

12:53 

Ora sonhava com o acidente de carro de anos atrás, presa sob a lataria sem poder se mexer; ora via Antônia Carvalho grávida casando com Marcelo Lopes. Ela corria até ele e perguntava por qué, mas ele, sem expressão, afastava suas mãos friamente dizendo: “Não me atormente mais.” 

Ela recuava incrédula, tropeçava e caia num abismo sem fim… 

Flávia Almeida sentiu uma pontada no peito e acordou de repente, suando frio na testa. Respirava ofegante e pensou: era só um sonho… 

O celular na mesa começou a tocar, ela estendeu a mão por hábito para pegá–lo, mas em vez do telefone, tocou em algo duro e ao mesmo tempo macio. 

Franziu a testa e, sem pensar, apertou, e então uma voz masculina profunda ecoou: “Gostou do toque?” 

Capitulo 27 

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