Capítulo 30 

Paulo Silva franziu a testa, apertou os lábios e continuou a ler. 

Flávia Almeida lidava com as emoções nos detalhes, tantas falas e em apenas dois minutos. ela tinha decorado tudo, e sua base de atuação não parecia de alguém ser experiência. 

Quando a atuação terminou, reinava o silêncio. 

Embora Flávia Almeida confiasse em seu talento, sabia que não tinha conseguido aprofundar cada emoção no pouco tempo que teve, deu o seu melhor

Paulo Silva não elogiou nem criticou, apenas sussurrou algo para quem estava ao seu lado e depois olhou para Flávia Almeida: “Tenta mais uma parte.” 

Os olhos de Flávia Almeida brilharam, talvez houvesse esperança, caso contrário, umal tentativa teria sido suficiente para mandá–la embora. 

Um novo script chegou às suas mãos, não era o mesmo personagem de antes, mas sim a terceira mulher da peça, o papel da concubina. 

Diferente da antagonista caricata anterior, a concubina vinha de uma familia nobre. deslumbrante e caprichosa, abusava de seu favoritismo com o imperador para dominar o harém, até a imperatriz cedia a ela. 

Contra a protagonista, ela era cruel e implacável, claramente malvada, mas diante do imperador, transformava–se numa fada sedutora, manhosa e caprichosa, uma personagem de contrastes fortes, encantadora se bem interpretada

Mas não era o papel da terceira mulher já definido? Por que Paulo Silva a pedia para tentar essa cena? 

Cheia de dúvidas, ela não questionou, decorou as falas e em seguida disse: “Posso começar.” 

Paulo Silva assentiu para que ela iniciasse. 

Com as emoções à flor da pele, Flávia Almeida ergueu o olhar e, com desdém, exibiu uma arrogância que dominou o ambiente. 

Sua beleza era inquestionável, digna da expressão “beleza nacional“, e ninguém ousaria duvidar que ela ofuscasse o harém. 

Com um olhar sedutor e uma voz doce, ela confundiria qualquer um, até mesmo o imperador. 

Após a cena, o silêncio voltou a se fazer presente. 

Depois de duas tentativas, Flávia Almeida sentla–se mais segura. 

Confessava a si mesma que preferia o papel da concubina, mais rico e desafiador, mas não esperava recebê–lo tão facilmente, estaria satisfeita com o papel da quarta mulher

“Por que você não atuou depois de se formar?” 

10:55 

Minutos depois, Paulo Silva expressou sua dúvida.  Sᴇaʀᴄh thᴇ FindNøvᴇl.nᴇt website on Gøøglᴇ to access chapters of novels early and in the highest quality.

Se fossem assinar contrato, teriam que investigar o passado da atriz, para evitar surpresas e problemas no projeto. 

Após um breve silêncio, Flávia Almeida revelou: “Me casei.” 

Paulo Silva surpreendeu–se, não esperava que o casamento fosse o motivo. 

Mais um momento de silêncio, então Paulo Silva disse: ‘Deixa seu contato, avisaremos sobre novidades.” 

Saindo da sala, Flávia sentia seu coração voltar ao ritmo normal. 

Por mais confiante que parecesse diante de Paulo Silva, por dentro estava ansiosa. 

Francisca Ferreira a esperava do lado de fora, preocupada: “Demorou tanto, estava quase chamando a policia!” 

Flávia Almeida segurou o pulso da amiga e pediu baixinho: “Vamos falar lá fora.” 

Já no carro, Flávia contou tudo, e Francisca arregalou os olhos, 

“Puta que pariu, Paulo Silva te pediu pra testar o papel da concubina? Será que ele quer que você faça esse papel?” 

Flávia balançou a cabeça: “Não sei, como um papel tão importante seria meu? E não disseram que já estava escolhida?” 

Francisca Ferreira fechou a janela do carro e comentou: “Na verdade, é tudo boato, ninguém sabe ao certo se já decidiram, e o Paulo Silva não tem medo de apostar em novatos.” 

Apesar das palavras dela, Flávia Almeida ainda estava insegura. 

Mas Francisca Ferreira estava cheia de confiança: “E al, o Paulo Silva disse alguma coisa depois da tua audição?” 

Flávia Almeida balançou a cabeça: “Só me deixou um telefone, talvez tenha sido só um impulso dele me testar.” 

Francisca Ferreira disse: “la ser demais se você conseguisse o papel da imperatriz, mas já está valendo se pegar a quarta protagonista. Vamos comemorar com um rango maneiro.” 

Flávia Almeida sorriu: “Ainda nem está nada certo, não é cedo pra comemorar?” 

“Então vamos brindar à tua quase liberdade desse túmulo que é o casamento, de qualquer forma é motivo pra festa.” 

Uma churrascaria nova tinha aberto em Copacabana e estava bombando. Todo dia tinha gente marcando presença no Facebook, falando que o lugar era show de bola. 

Quando elas chegaram, o lugar tava lotado e não tinha vaga pra estacionar na frente, tiveram que parar no estacionamento subterrâneo do shopping do outro lado da rua. 

Lapitulo JU 

Francisca Ferreira, que tinha tirado a carteira há três meses, se ofereceu para mostrar sua habilidade de estacionar de ré, enquanto Flávia Almeida saiu do carro para ajudar a ver os obstáculos. 

Nesse instante, Flávia Almeida viu João Almeida descendo de um Audi branco do outro lado da rua, acompanhado por uma moça jovem e estilosa, com roupas caras. A moça logo se enroscou no braço dele de um jeito intimo. 

João Almeida estava sorrindo de um jeito que ela raramente tinha visto desde criança. 

Sentindo o olhar intenso de Flávia, João Almeida olhou na direção dela e, ao reconhecê–la, franzindo a testa, soltou o braço da mulher e sinalizou para ela ir na frente. 

Depois, com os lábios apertados, se aproximou de Flávia: “Flávia, o que você está fazendo aqui?” 

Ele falava com uma autoridade paternal, sem mostrar qualquer desconforto por ter sido pego no flagra com a amante. 

Flávia Almeida olhou na direção que a mulher tinha ido e respondeu friamente: “Quando começou isso?” 

“Esse tom de voz…,“, ele começou. 

João Almeida estava claramente irritado, lembrando–o do modo de falar de Fernanda Nunes, cheio de arrogância que o deixava agoniado e sufocado. 

“Então me diz, como é que eu deveria falar, vendo meu pai de chamego com outra? Você não tem tempo de ver minha mãe doente, mas pra encontrar com sua amante você tem, é isso?” 

João Almeida estava furioso: “Olha como você fala comigo! Se não fosse o meu dinheiro mantendo sua mãe viva, ela já teria morrido! Ela está nesse estado vegetativo por seis anos, você quer que eu viva pra sempre preso a isso?” 

Flávia Almeida apertou os dedos, sentindo um frio interior. 

Talvez percebendo que tinha ido longe demais, João Almeida suavizou o tom: “Flávia, sua mãe se acidentou quando eu estava na flor da idade, nenhum homem aguentaria. Eu prometi que não me divorciaria, mas sou um homem saudável e tenho minhas necessidades. Olha só os magnatas da área, todos têm suas amantes. Eu só procurei alguém depois do acidente da sua mãe, e foi só por necessidade física.” 

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